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Aos 60 anos, Banco Central do Brasil ainda é uma instituição com pouca diversidade étnico-racial e de gênero

De 1964 a 2024, contabilizamos 139 pessoas que ocuparam cargos na presidência e na diretoria colegiada do Banco Central do Brasil (Bacen). Desses, apenas um diretor é negro e apenas cinco diretoras são mulheres, o que revela uma sub-representação significativa de ambos os grupos na história da instituição.

Encontro de ex-presidentes do Banco Central

Ao longo de sua história, a diretoria do Banco Central contou com menos de 1% de pessoas negras e menos de 4% de mulheres, apesar de esses grupos representarem, individualmente, cerca de 50% da população.


A representatividade é um elemento fundamental para o estabelecimento da confiança pública nas instituições econômicas. Trata-se de uma dimensão de credibilidade distinta daquela tradicionalmente buscada pelo Banco Central do Brasil, que foca na confiança dos mercados. Nesse caso, a representatividade está ligada à credibilidade perante a sociedade, a quem o Bacen deve servir como instituição pública.


Embora a diretoria do Banco Central reforce insistentemente a necessidade de autonomia em relação ao governo, não há um compromisso mais firme com a inclusão racial e de gênero em sua participação nas nomeações, perpetuando a falta de diversidade nos cargos de liderança.

A análise do Observatório de Bancos Centrais (OBC) incluiu todos os cargos da diretoria colegiada, que atualmente é composta por oito cargos de direção e o cargo de presidente. Em toda a história da instituição, os cargos de Presidente, Diretor de Política Monetária, Diretor de Regulação e Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução nunca foram ocupados por mulheres ou pessoas negras.


Ailton de Aquino

A nomeação de Ailton de Aquino Santos em julho de 2023 como Diretor de Fiscalização (Difis) marcou a primeira vez que uma pessoa negra assumiu um cargo de direção no Bacen. Ailton de Aquino Santos permanece em exercício do mandato, o que representa um marco para a diversidade racial na diretoria do Banco Central.

Carolina Barros

Abaixo, apresentamos a lista completa das mulheres que ocuparam cargos de direção no Banco Central. Entre elas, Carolina Barros é a única integrante do quadro atual de diretores, exercendo o cargo de Diretora de Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta (Direc).




Nome

Cargos de direção assumidos

Carolina de Assis Barros

-Diretora de Administração (Dirad); -Diretora de Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta (Direc);

Fernanda Feitosa Nechio

-Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (Direx);

Fernanda Magalhães Rumenos Guardado

-Diretora de Política Econômica (Dipec) -Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (Direx);

Maria Celina Berardinelli Arraes

-Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (Direx);

Tereza Cristina Grossi Togni

-Diretora de Fiscalização (Difis);

Esperamos que Gabriel Galípolo, próximo presidente do Bacen, trate da diversidade como um tema prioritário, reforçando a necessidade de uma diretoria diversa nas próximas indicações.

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